quinta-feira, 14 de julho de 2011

Watch N'AsK

Porque ocorre vasodilatação após exercícios físicos de médio esforço? De que forma isso ocorre, bioquimicamente?

         Depois de qualquer exercício físico, o reflexo baroceptor está agindo, isto é, sua pressão vai estar abaixando pela vasodilatação das arteríolas do corpo, diminuição dos batimentos cardíacos, e ambos por sinais que os receptores baroceptores (encontrados na aorta e na carótida interna) enviam ao sistema nervoso autônomo.
         Também há a sensibilização dos receptores beta adrenérgicos após os exercícios físicos (a adrenalina, quando se liga ao recetor beta adrenergico,  age  como vasodilatador).

http://bioquimicadahipertensao2011.blogspot.com/2011/05/regulacao-neural-da-circulacao-e-o.html
Aqui vocês encontrarão referencias  sobre o assunto.

Post realizado por: Teresa Tristão.

Como o estresse afeta a pressão sanguínea? Quais reações são envolvidas nessa situação?

         O estresse mental ou psicológico ocorre cotidianamente em nossas vidas e a capacidade de reagir motora e fisiologicamente é uma resposta natural e necessária. Entretanto, a reatividade exacerbada ao estresse mental identifica indivíduos sob maior risco de desenvolver hipertensão e pode provocar eventos cardiovasculares e morte súbita.
         Além disso, a experiência de situações trágicas tem impacto a longo prazo, aumentando o risco de hipertensão, bem como condições sociais e de trabalho com grande demanda psicológica e baixo poder de decisão, principalmente entre homens com baixo nível socioeconômico.
a magnitude dos efeitos fisiológicos ao estresse depende da interação entre o estímulo e o indivíduo, situações semelhantes podem produzir respostas bastante diversas em pessoas diferentes e no mesmo indivíduo em condições diferentes. Portanto, não basta a percepção subjetiva sobre o estresse para conhecer a reatividade do organismo, é necessário medi-la. Os chamados “testes de estresse mental” têm por objetivo simular situações de estresse mental ou psicológico de forma padronizada e em ambiente controlado sob monitorização hemodinâmica e eletrocardiográfica. A principal utilidade clínica desses testes está ligada ao fato de que respostas exacerbadas de pressão arterial indicam risco aumentado de desenvolvimento de hipertensão arterial.
         A maior ativação do sistema nervoso simpático decorrente do estresse mental leva a aumento dos valores de pressão arterial, redução da perfusão miocárdica, aumento do consumo miocárdico de oxigênio e da instabilidade elétrica cardíaca, precipitando arritmias cardíacas e infarto agudo do miocárdio em indivíduos suscetíveis.

Post realizado por: Daniele Barreto de Lima
Fonte: NOBREGA, Antonio C.L.CASTRO, Renata R. T. SOUZA, Alexandro C. Estresse mental e hipertensão arterial sistêmica. Rev Bras Hipertens vol.14(2): 94-97, 2007

Explique a relação entre a ingestão de viagra e hipertensão arterial como um dos possíveis efeitos colaterais.

         Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a hipertensão não constitui um efeito colateral ao uso do Citrato de Sildenafil, comercializado como Viagra, mas sim um fator de risco ao seu uso. 
         Como um dos efeitos colaterais, aquele relacionado à pressão arterial é a hipotensão, ou seja, a redução da pressão arterial. Isso pode ser explicado pelo mecanismo de ação do fármaco, relacionado à ereção e à redução da pressão arterial pulmonar.                                                                                
         Parte do processo fisiológico da ereção envolve o sistema nervoso parassimpático, causando a liberação de óxido nítrico (NO) no corpo cavernoso do pênis. O NO se liga aos receptores da enzima guanilato ciclase, o que resulta em níveis aumentados de guanosina monofosfato cíclica (GMPc), induzindo a musculatura lisa do corpo cavernoso ao relaxamento (causando vasodilatação) e a um consequente influxo maior de sangue.
         O Sildenafil é um potente inibidor seletivo da fosfodiesterase tipo 5 específica do GMPc (PDE5), que é responsável pela degradação do GMPc no corpo cavernoso do pênis. A estrutura molecular do Sildenafil é semelhante a do GMPc e atua como um agente competitivo de ligação da PDE5 no corpo cavernoso, resultando em mais GMPc disponível e, graças à vasodilatação que o GMPc disponível gera, ereções melhores.
         Como o PDE-5 é primariamente distribuído no músculo liso das paredes arteriais dos pulmões e pênis, o Sildenafil age seletivamente em ambas as áreas sem induzir vasodilatação em outras áreas do corpo. Entretanto, por ser um inibidor do PDE-5, ele apresenta potencial hipotensor. É aí que a hipertensão arterial entra: o paciente hipertenso, cujo tratamento medicamentoso está em realização, corre um grave risco de sofrer interações medicamentosas potencializadoras desse potencial hipotensor, estando sujeita às complicações dessa condição, especialmente arritmias cardíacas.   

Resumo da ação do NO na musculatura lisa:
         O NO irá estimular a enzima guanilato ciclase solúvel (GC), e dessa forma a reação da guanosina trifosfato (GTP) em guanosina monofosfato cíclica (cGMP) irá acontecer. Este, por sua vez, estimula a quinase dependente de GMP cíclico (PKG) que por diversos mecanismos promove um relaxamento da musculatura lisa vascular.

         A PKG pode ativar canais de K+, induzindo hiperpolarização, o que encerra os canais de cálcio,  ou estimular a saída de Ca2+ do citoplasma da célula por meio da ativação da bomba de cálcio, o que leva à vasodilatação. A PKG pode, igualmente, diminuir a sensibilidade da maquinaria contrátil ao Ca2+, diminuindo a contração muscular, desfosforilar a cadeia leve de miosina e inibir o influxo de cálcio.





Postado por: Tainá Vieira Nilson.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vitamina D pode evitar infartos, hipertensão arterial e insuficiencia cardiaca.

   Cientistas americanos acompanharam mais de 30 mil pessoas durante um ano e evidenciaram que a vitamina D pode evitar males que mais matam pessoas no mundo . E aquelas que aumentaram o nível da vitamina no organismo passaram a ter menos hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e infarto.
    Ela é encontrada em ovos, cereais, leite, peixes e faz um bem danado. A ciência já comprovou que com a vitamina D os ossos ficam mais fortes. E sem ela há indícios de que ficam maiores os riscos de câncer, diabetes, tuberculose e esclerose múltipla. 
    Postarei aqui o vídeo de uma reportagem realizada pelo Jornal Nacional em 15/03/10. Esse video trata da reportagem supracitada.


Post realizado por Jéssica Lucena Wolff

sábado, 9 de julho de 2011

A associação entre Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus tipo 2



Hipertensão Arterial (HÁ) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) são duas doenças crônicas (fazem parte das Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT) que ocorrem com muita frequência, constituem sérios problemas de saúde pública e são a primeira causa de hospitalizações no Brasil. Em 2008, a pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD) mostrou que  14,0% da população brasileira possui Hipertensão e 3,6% sofre de Diabetes.  
HA e DM2 estão constantemente associadas, visto que possuem vários aspectos em comum, como origem, fatores de risco, tratamento não-medicamentoso, algumas complicações e, geralmente, a ausência de sintomas. Além disso, juntamente com a obesidade e a dislipidemia, fazem parte da Síndrome Metabólica, que corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Por isso, achamos de extrema importância abordar a relação entre elas, após fazermos primeiramente alguns esclarecimentos acerca do Diabetes.
O Diabetes Mellitus do tipo 2 caracteriza-se pela hiperglicemia crônica e por distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Decorre de resistência à insulina, causada pelo bloqueio dos receptores de insulina que o excesso de ácidos graxos livres faz, levando a menor captação de glicose pelas células. Isso faz com que o nível de insulina no sangue aumente (hiperinsulinemia), na tentativa de manter a quantidade de glicose sérica normal.
A relação entre ambas as doenças é bem estreita, sendo uma fator de risco para a outra. Por exemplo, o Diabetes tipo 2 pode causar Hipertensão Arterial por meio da hiperinsulinemia (decorrente da resistência à insulina), que estimula o sistema nervoso simpático a promover a vasoconstrição, retém água e sódio nos rins e estimula a proliferação da musculatura lisa da parede arterial (diminuindo o lúmen do vaso), mecanismos que elevam a pressão.
Além dessa reciprocidade, HA e DM2 podem gerar as mesmas complicações: disfunção endotelial, por estímulos físicos e químicos e por estresse oxidativo, respectivamente; aterosclerose, aumentando a adesão da parede vascular e a hemoglobina glicosilada, que facilita a obstrução, respectivamente. As duas também podem ser causadas pelo mesmo fator, como obesidade, que gera insulino-resistência, hiperinsulinemia, e, finalmente, Diabetes e Hipertensão. Vale lembrar ainda que o tratamento não medicamentoso dessas doenças é muito parecido, o qual exige mudanças no estilo de vida, como prática de atividade física e alimentação saudável.



Portanto, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus devem ser alvo de atenção pela sociedade, principalmente quando juntas, dadas as potenciais complicações que geram quando tratadas, o elevado índice de mortalidade que elas causam e o impacto financeiro que elas têm para as famílias e para o sistema público no mundo inteiro.

Fonte: http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/
http://pt.scribd.com/doc/2869658/Manual-de-Hipertensao-Arterial-e-Diabete-Mellitus
http://saude.hsw.uol.com.br/como-a-diabetes-afeta-o-coracao1.htm
http://www.webartigos.com/articles/67757/1/CORRELACAO-DO-DIABETES-TIPO2-HIPERTENSAO-ARTERIAL-E-OBESIDADE-EM-CRIANCAS-E-ADOLESCENTES
http://www.scielo.br/pdf/abem/v46n5/13396.pdf
 http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-2/007.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/geral/prevalencia01_2011.pdf


Postado por: Amanda de Oliveira

domingo, 3 de julho de 2011

Hipertensão e Estresse

O estresse mental ou psicológico ocorre cotidianamente em nossas vidas e a capacidade de reagir motora e fisiologicamente é uma resposta natural e necessária. Entretanto, a reatividade exacerbada ao estresse mental identifica indivíduos sob maior risco de desenvolver hipertensão e pode provocar eventos cardiovasculares e morte súbita.
Além disso, a experiência de situações trágicas tem impacto a longo prazo, aumentando o risco de hipertensão, bem como condições sociais e de trabalho com grande demanda psicológica e baixo poder de decisão, principalmente entre homens com baixo nível socioeconômico. A identificação de indivíduos sob maior risco de hipertensão mediante os testes de reatividade cardiovascular ao estresse mental pode colaborar para a implementação de medidas preventivas e terapêuticas.


Respostas complexas que envolvem mudança comportamental e ajustes autonômicos, hemodinâmicos e endócrinos preparam o organismo para enfrentar a ameaça ou o desafio. Portanto, o estresse é um elemento natural da vida e nossa capacidade de reagir do ponto de vista motor e autonômico caracteriza um importante mecanismo homeostático e de sobrevivência. Então, não existe problema no estresse em si, mas na forma com que lidamos com ele.

Considerando que a magnitude dos efeitos fisiológicos ao estresse depende da interação entre o estímulo e o indivíduo, situações semelhantes podem produzir respostas bastante diversas em pessoas diferentes e no mesmo indivíduo em condições diferentes. Portanto, não basta a percepção subjetiva sobre o estresse para conhecer a reatividade do organismo, é necessário medi-la. Os chamados “testes de estresse mental” têm por objetivo simular situações de estresse mental ou psicológico de forma padronizada e em ambiente controlado sob monitorização hemodinâmica e eletrocardiográfica. A principal utilidade clínica desses testes está ligada ao fato de que respostas exacerbadas de pressão arterial indicam risco aumentado de desenvolvimento de hipertensão arterial.

O estresse mental é um conhecido fator capaz de desencadear eventos cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, arritmias malignas e morte súbita. A maior ativação do sistema nervoso simpático decorrente do estresse mental leva a aumento dos valores de pressão arterial, redução da perfusão miocárdica, aumento do consumo miocárdico de oxigênio e da instabilidade elétrica cardíaca, precipitando arritmias cardíacas e infarto agudo do miocárdio em indivíduos suscetíveis.

Daniele Barreto de Lima
Fonte:
NOBREGA, Antonio C.L.CASTRO, Renata R. T. SOUZA, Alexandro C. Estresse mental e hipertensão arterial sistêmica. Rev Bras Hipertens vol.14(2): 94-97, 2007