segunda-feira, 9 de maio de 2011

Introdução ao Estudo da Circulação

   Antes de aprofundarmos o conteúdo sobre Hipertensão Arterial, é necessário fornecer a base teórica do funcionamento da circulação sanguínea, portanto, aí vão as bases da fisiologia médica para o sistema circulatório!
         Introdução ao Estudo da Circulação

A circulação é dividida em sistêmica (grande circulação ou circulação periférica) e circulação pulmonar. Seus componentes funcionais são: artérias, que transportam sangue sob alta pressão; arteríolas, que atuam como válvulas controladoras da liberação do sangue para os capilares, já que apresentam espessa parede muscular capaz de fechar completamente sua luz, assim como aumentar várias vezes seu diâmetro, alterando o fluxo sanguíneo de acordo com a necessidade tecidual local; capilares, onde ocorrem as trocas de substâncias; vênulas; e veias, as quais atuam como reservatório controlável de sangue, devido à capacidade de distensão de suas paredes.
Pressão sanguínea é a força exercida pelo sangue sobre qualquer unidade de área da parede vascular. Já fluxo sanguíneo é a quantidade de sangue que passa por determinado local em um período definido de tempo, dado pelo quociente entre a diferença de pressão nas extremidades dos vasos e a resistência à passagem do sangue. Dessa forma, se a pressão for constante em um vaso, o fluxo sanguíneo no mesmo é nulo.
   Visto que o bombeamento de sangue é pulsátil, a pressão arterial oscila entre um nível normal sistólico de 120mmHg e um nível diastólico de 80mmHg. Na aorta, a pressão média é de 100 mmHg, mas, à medida que flui pela circulação sistêmica, a pressão cai até aproximadamente 0mmHg na terminação das veias cavas.  A pressão funcional dos capilares sistêmicos é de 17mmHg.
Princípios Básicos do Funcionamento Circulatório
   O fluxo sanguíneo para cada tecido do corpo é controlado em função da necessidade local. Um tecido em atividade precisa de 20 a 30 vezes mais suprimento sanguíneo do que em repouso, mas o coração pode aumentar em, no máximo, 7 vezes seu débito cardíaco (quantidade de sangue total bombeada). Dessa forma, não é possível aumentar o fluxo total de sangue quando um tecido necessita de maior suprimento, ocorrendo, então, alteração do fluxo sanguíneo local.
   O débito cardíaco é controlado pela soma dos fluxos teciduais locais. Basicamente, o coração responde à quantidade de sangue que chega a ele, bombeando igual quantidade de volta ao organismo. Entretanto, como essa resposta não é totalmente eficiente, ocorrem outros sistemas de controle, como sinais neurais ou aquele desempenhado pelos rins (explicado posteriormente).
   E, finalmente: A pressão arterial é controlada independentemente do controle de fluxo sanguíneo local e do controle de débito cardíaco. A importância do controle da pressão é que ele impede que a alteração de fluxo em um local por necessidade tecidual altere o fluxo em outro ponto do organismo. Quando a pressão cai, por exemplo, uma descarga de reflexos neurais causa o aumento da força de bombeamento cardíaco, contração dos reservatórios venosos (para aumento do volume de sangue para o coração) e constrição das arteríolas, para que ocorra acúmulo de sangue na árvore arterial.


Fonte: Tratado de Fisiologia Médica (Guyton e Hall).
Post realizado por: Tainá Vieira Nilson.

Um comentário:

  1. muitas pessoas tem problemas de circulação e não tratam como deveriam, com isso desenvolvem outras complicações..eu já estou tratando de ver a minha situação antes que venham mais dificuldades!

    ResponderExcluir