sexta-feira, 17 de junho de 2011

A saúde da presidente Dilma Rousseff


Como vocês já devem ter se informado, a saúde da presidente Dilma Rousseff não estava nada bem no fim de abril e durante quase todo o mês de maio deste ano. A revista Época do dia 28 de maio de 2011 (edição 680) publicou uma reportagem sobre o estado de saúde da presidente, falando sobre o seu recente quadro de pneumonia, sobre as doenças crônicas que ela tem e revisando o câncer linfático e a gripe suína em 2009.
Nós do blog lemos a referida reportagem e não pudemos deixar de notar que o sistema cardiovascular marcou presença no relatório sobre a saúde da nossa chefe de Estado. Além de precisar tomar anti-hipertensivo às vezes, de usar a coenzima Q-10 (um suplemento de fibras), que protege o coração devido às suas propriedades antioxidantes e de ter apresentado um princípio de trombose na veia cava por um coágulo, Dilma possui outras complicações que interferem no coração ou na pressão arterial (sendo uma delas o diabetes tipo 2, cuja relação com os problemas cardiovasculares abordaremos posteriormente em outra postagem).
Uma das complicações de Dilma é a doença de Hashimoto, que é a causa mais comum de hipotireoidismo e que faz com que sua glândula tireóide quase não produza mais hormônios. Por isso, ela tem que tomar doses diárias de tiroxina (T4), o qual, junto com a triiodotironina (T3), interfere no ritmo cardíaco. Esses hormônios aumentam a capacidade contrátil do miocárdio, por meio por de alterações estruturais na enzima ATPase, envolvida na produção de energia para as células. Alem disso, elevam o metabolismo basal do organismo humano, que gera maior consumo de oxigênio pelos tecidos, garantido por vasodilatação e aumento do débito cardíaco (quantidade de sangue bombeado pelo coração).

A presidente ainda apresenta baixos níveis de potássio e por isso toma o medicamento Slow-K para reverter o problema, visto que o íon potássio protege contra o aumento da pressão e o acidente vascular cerebral. Para explicar tal benefício, vários mecanismos têm sido sugeridos, como a diminuição dos níveis da renina plasmática, a inibição da formação de radicais livres e o aumento da atividade da enzima Na+/K+-ATPase, aumentando a captação celular do potássio e reduzindo o sódio intracelular.
O quadro clínico de Dilma Rousseff nos faz perceber que as doenças cardiovasculares podem atingir a qualquer um, rico ou pobre, feio ou bonito, desempregado ou presidente de um país. Por isso, devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para nos prevenirmos e levarmos uma vida saudável, de modo a minimizar os efeitos negativos dessas doenças, se elas ocorrerem, e promover a saúde.

Revista Época (28 de maio edição 680)


Postado por: Amanda de Oliveira

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